domingo, 11 de agosto de 2013

Porta interna


Saudade eterna
bate numa porta interna.
Estamos sem chaves para entrar
é pequena a fresta para espiar
nem há meios de re-voltar.

Vejo teu relógio e
teu cinto num relicário
 ainda te sinto.
O tempo nunca passa
nunca acaba de cicatrizar.

Morrer e viver tem sido longo
como nascer, um parto
uma partida nos reparte.
 
A metamorfose desta saudade
não pára de querer voar
Vou disfarçando nesta força
nesta energia que há
daqui para lá
 de lá para cá.

Helô Ribeiro
03/08/2013