Saudade eterna
bate numa porta interna.
Estamos sem chaves para entrar
é pequena a fresta para espiar
nem há meios de re-voltar.
Vejo teu relógio e
teu cinto num relicário
ainda te sinto.
O tempo nunca passa
nunca acaba de cicatrizar.
Morrer e viver tem sido longo
como nascer, um parto
uma partida nos reparte.
A metamorfose desta saudade
não pára de querer voar
Vou disfarçando nesta força
nesta energia que há
daqui para lá
de lá para cá.
Helô Ribeiro
03/08/2013