domingo, 20 de março de 2011

Rumos

Um rumo sem orelha
Uma página sem fronteira
Coisa contada não lida
Fato palpável inexistente.

Já sei que nada é tão encantado quanto eu queria
Sei que fui mal educada por contos de fadas
Que tudo que humanos esperam
Não é tão humano assim.

Vê como é abrangente uma vida
e no rumo de muita gente desconhecida
É só passagem que vai para nenhum lugar
Que passa, passa e não chega.

Não vem para o rumo de casa
Não segue uma estrada
Come mas não tem sobre mesa
Esconde-se debaixo dela.

Não sei o que há para mim
O rumo ao avesso do real sentido
“Para sempres” cheios de só hoje
Oco no mapa do que houve.

Helô Ribeiro
2010

Um comentário:

  1. Reamente muito lindo o que escreveu, Helô!
    "Já sei que nada é tão encantado quanto eu queria", frase que todo mundo no mundo concorda. Estamos ficando gente grande.

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